Um terço dos usuários de planos de saúde recorre ao SUS ou paga consulta
Do UOL
Em São Paulo
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Tantos são os problemas e dificuldades enfrentados com planos de saúde no país que 30% dos usuários recorrem ao SUS (Sistema Único de Saúde) ou ao atendimento particular para receber cuidado médico adequado. É o que mostra uma pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (17), às vésperas do Dia do Médico.
O levantamento indica que houve um aumento de 50% na procura de usuários de convênios por atendimento particular ou pelo SUS em relação à apuração anterior, feita no ano passado. Em 2013, 22% das pessoas que têm plano de saúde tiveram que recorrer ao sistema público, contra uma proporção de 15% registrada no ano passado. E 12% tiveram que arcar com o atendimento este ano, contra 9% em 2012.
O maior crescimento na procura por outras opções de atendimento ocorreu principalmente na capital, entre as mulheres e entre os usuários com idade entre 25 e 34 anos.
Metodologia
A pesquisa foi realizada junto à população adulta do Estado de São Paulo que utilizou planos de saúde dos últimos 24 meses. Foram consultados homens e mulheres, com 18 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, que possuem plano ou seguro saúde como titulares ou dependentes.
A amostra total é de 861 entrevistas, feitas em setembro deste ano. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Os entrevistados apontaram queixas como a dificuldade para marcar consultas e para realização de exames, cirurgias e procedimentos de maior custo, entre outros pontos.
Entre os usuários, 79% relataram problemas. A APM diz que, projetando-se a proporção para os 10,4 milhões de usuários, há 8,2 milhões de pessoas com queixas. Cada pesquisado apontou mais de quatro problemas referentes ao plano de saúde.
Queixas
Questionados sobre a utilização de serviços e a percepção de problemas, 66% dos entrevistados reclamaram de dificuldades em consultas médicas e 47%, na realização de exames. Já o pronto atendimento, terceiro em uso, é o serviço com maior índice de problemas: 80% dos usuários apresentaram queixas.
No item consultas médicas, demora na marcação (52%), médico que saiu do plano (28%), e demora na autorização da consulta (25%) são as queixas mais citadas pelos usuários.
Quando aos exames e diagnósticos, as queixas são recorrentes para demora para marcação (28%), poucas opções de laboratórios e clínicas especializadas (27%), e tempo para autorização do exame ou procedimento (18%).
Local de espera lotado é o principal problema apontado pelos usuários do pronto atendimento (74%). Demora para ser atendido também é um aspecto importante, mencionado por 55% dos usuários. Outras reclamações citadas são demora ou negativa para realização de procedimentos necessários (16%), locais inadequados para receber medicação (13%) e negativa de atendimento (9%).
Internações
Quarenta e um por cento dos usuários que precisaram ser internados relataram problemas, o que foi projetado para um total de 800 mil pessoas. Do total, 30% reclamaram da falta de opções de hospitais; 12% de dificuldade ou demora para o plano autorizar a internação; e 8% da falta de vaga no hospital procurado.
Dos 16% de usuários que passaram por cirurgia, um quarto relatou problemas como a demora na autorização (17%) e falta de cobertura para materiais especiais (9%).
Entre os entrevistados, 15% já fizeram alguma reclamação, recurso ou notificação contra o plano de saúde. A negativa para cirurgia foi o motivo mais apontado pelos beneficiários que recorreram à Justiça.
Você já teve que recorrer ao SUS ou ao atendimento particular por ter tido algum problema com o plano de saúde?
O maior crescimento na procura por outras opções de atendimento ocorreu principalmente na capital, entre as mulheres e entre os usuários com idade entre 25 e 34 anos.
A pesquisa foi realizada junto à população adulta do Estado de São Paulo que utilizou planos de saúde dos últimos 24 meses. Foram consultados homens e mulheres, com 18 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, que possuem plano ou seguro saúde como titulares ou dependentes.
A amostra total é de 861 entrevistas, feitas em setembro deste ano. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Os entrevistados apontaram queixas como a dificuldade para marcar consultas e para realização de exames, cirurgias e procedimentos de maior custo, entre outros pontos.
Entre os usuários, 79% relataram problemas. A APM diz que, projetando-se a proporção para os 10,4 milhões de usuários, há 8,2 milhões de pessoas com queixas. Cada pesquisado apontou mais de quatro problemas referentes ao plano de saúde.
Queixas
Questionados sobre a utilização de serviços e a percepção de problemas, 66% dos entrevistados reclamaram de dificuldades em consultas médicas e 47%, na realização de exames. Já o pronto atendimento, terceiro em uso, é o serviço com maior índice de problemas: 80% dos usuários apresentaram queixas.
No item consultas médicas, demora na marcação (52%), médico que saiu do plano (28%), e demora na autorização da consulta (25%) são as queixas mais citadas pelos usuários.
Quando aos exames e diagnósticos, as queixas são recorrentes para demora para marcação (28%), poucas opções de laboratórios e clínicas especializadas (27%), e tempo para autorização do exame ou procedimento (18%).
Local de espera lotado é o principal problema apontado pelos usuários do pronto atendimento (74%). Demora para ser atendido também é um aspecto importante, mencionado por 55% dos usuários. Outras reclamações citadas são demora ou negativa para realização de procedimentos necessários (16%), locais inadequados para receber medicação (13%) e negativa de atendimento (9%).
Internações
Quarenta e um por cento dos usuários que precisaram ser internados relataram problemas, o que foi projetado para um total de 800 mil pessoas. Do total, 30% reclamaram da falta de opções de hospitais; 12% de dificuldade ou demora para o plano autorizar a internação; e 8% da falta de vaga no hospital procurado.
Dos 16% de usuários que passaram por cirurgia, um quarto relatou problemas como a demora na autorização (17%) e falta de cobertura para materiais especiais (9%).
Entre os entrevistados, 15% já fizeram alguma reclamação, recurso ou notificação contra o plano de saúde. A negativa para cirurgia foi o motivo mais apontado pelos beneficiários que recorreram à Justiça.
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Antes de aderir a um plano de saúde, o consumidor precisa se informar sobre todas as condições do contrato, para não correr o risco de ser surpreendido no futuro. Veja, a seguir, algumas perguntas que devem ser feitas antes da assinatura do contrato Shutterstock
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