terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Cinco pactos foram a resposta do governo federal aos protestos de junho

Agência Brasil

Publicação: 31/12/2013 08:51 Atualização:

As manifestações lideradas pelo Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do transporte público na capital paulista ganharam força em junho e levaram milhares de pessoas às ruas em várias capitais e municípios do interior. Os brasileiros levantaram outras bandeiras, como a reforma política e as melhorias nas áreas de saúde, educação e mobilidade urbana. Surpreendido pela dimensão dos protestos em todo o país, o governo federal lançou cinco pactos, aprovados pelo Congresso Nacional - pela responsabilidade fiscal, pela reforma política, pela saúde, pela mobilidade urbana e pela educação.
No dia 17 de junho a presidenta Dilma Rousseff se pronunciou pela primeira vez, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, dizendo que as manifestações eram “legítimas e próprias da democracia”. Dois dias antes, Dilma tinha sido vaiada no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, lotado para a abertura da Copa das Confederações.
Em rede nacional de rádio e TV, a presidenta disse que os manifestantes tinham o direito de protestar, mas de forma “pacífica e ordeira”. Depois, reuniu-se com os governadores das 27 unidades da Federação e os prefeitos das capitais para anunciar os cinco pactos nacionais que, segundo ela, seriam “propostas concretas e disposição política” em favor do país. A escolha dos temas foi feita seguindo as demandas da população, mas não abarcou todas as insatisfações. Apesar do empenho de ministros e parlamentares para a implementação de todas as promessas, parte dos pactos não se concretizou em 2013.
Para o pesquisador da Universidade de Brasília, Alexandre Pereira Rocha, o anúncio dos cinco programas foi uma “tentativa de contornar e minimizar os impactos” da situação negativa pela qual passava o governo. “Foi muito mais reativa do que algo pró-ativo, imaginado”, explica o cientista político. Segundo ele, após essa reação não se propôs uma agenda mais aprofundada para o país.
Os pactos passaram a ser prioridade das ações do governo e pauta de reuniões, viagens e discursos de Dilma. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é “evidente” que os cinco programas foram uma resposta às manifestações e não existiriam sem elas. “Os pactos são um bom exemplo de como o governo deve ouvir a sociedade e se movimentar a partir das demandas reais da sociedade. Então, não é um problema, é uma virtude quando você ouve e toma atitudes para atender aquela demanda”, ponderou, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo a presidenta, o primeiro pacto (pela responsabilidade fiscal) tem o objetivo de garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação. Gilberto Carvalho acredita que o mote foi a denúncia do mau uso dos recursos públicos. “Essa era uma bandeira histórica, mas que naquele momento se procurou destacar, já que uma das grandes questões era o combate à corrupção, a denúncia do mau uso dos recursos públicos”, disse.
Um plebiscito, que autorizaria o “funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita”, foi defendido por Dilma durante a reunião com governadores e prefeitos, no final de junho. A tramitação de um projeto sobre o tema teve início na Câmara, porém sem avanços.
A chamada minirreforma eleitoral, aprovada em novembro, diminui os custos das campanhas para as eleições, ao proibir, por exemplo, propagandas eleitorais em cavaletes e limitar a contratação de cabos eleitorais. Não trata, porém, de pontos-chave da proposta de Dilma, como o financiamento público de campanhas. Além disso, não valerá para as eleições de 2014.
Alexandre Rocha avalia que o fato de a proposta do plebiscito não ter sido emplacada fez com que o crédito ficasse para o Executivo. “Ele jogou a responsabilidade para o Congresso, afinal de contas, ele propôs. Se o Legislativo assumisse [a pauta], aí sim nós teríamos pensado numa agenda para o tema”, explica o cientista político. Gilberto Carvalho admite que estes fatos representam uma derrota, “não do governo, mas uma derrota da sociedade”.
Quanto à mobilidade urbana, Dilma acrescentou R$ 50 bilhões em recursos aos R$ 93 bilhões já investidos no setor desde 2011, por meio da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. Segundo o governo, a prioridade do novo investimento são obras em regiões metropolitanas. Desse modo, prefeitos das capitais e governadores apresentaram seus pleitos à presidenta.
De acordo com o Ministério do Planejamento, 15 capitais solicitaram novos recursos ao governo federal. Dessas, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Recife já receberam mais de R$ 20 bilhões. Em geral, o dinheiro deve ser utilizado na construção de corredores exclusivos de ônibus, metrôs e Veículos Leve Sobre Trilhos (VLTs).
Já no setor educacional, pelo qual Dilma declarou recentemente estar “fissurada”, o governo enviou uma medida provisória destinando 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação. A matéria, no entanto, foi alterada no Congresso para que a saúde tivesse 25% de participação nesses investimentos.
Na cerimônia de sanção da lei, em setembro, a presidenta Dilma classificou a mudança como uma melhoria na proposta. “Devemos reconhecimento pela sensibilidade social e pela visão estratégica que o Congresso demonstrou ao incluir a destinação de parcelas dos recursos também para o investimento na saúde”, agradeceu Dilma.
Apesar da comemoração, entidades defensoras do setor reclamam que o dinheiro será insuficiente para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação, em tramitação no Senado, de destinar 10% do Produto Interno Bruto para o cumprimento das metas desde a educação básica até a superior.
Principal bandeira do governo neste ano e uma das ações mais citadas pela presidenta Dilma em seus discursos, viagens e entrevistas, o Programa Mais Médicos foi criado também por medida provisória, em julho. O programa garante a contratação de profissionais brasileiros e, na ausência deles, de estrangeiros para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS). O foco é atender a demanda por médicos em municípios do interior, áreas isoladas e periferia de grandes cidades.
“Eu gosto do Mais Médicos porque nós conseguimos formatar uma política que, também focada, leva esse médico e esse atendimento humanizado, porque uma das coisas que as pessoas se queixam é que o atendimento médico não era humanizado”, explicou Dilma durante café da manhã com jornalistas, no último dia 18.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Crítica à desconfiança de setores produtivos

30.12.2013 - Diário do Nordeste
Dilma frisou que nada fará mudar o rumo em favor da redistribuição de renda e diminuição da desigualdade
Brasília. Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite de ontem, a presidente Dilma Rousseff criticou a desconfiança de setores produtivos nos rumos da economia brasileira e afirmou que a "guerra psicológica" pode prejudicar investimentos. Ela prometeu combater a inflação e reconheceu que é possível fazer retoques e correções.

A presidente assegurou que o brasileiro terá um melhor padrão de vida em 2014 e que a vida está melhorando de maneira firme e segura FOTO: FUTURA PRESS
"Assim como não existe um sistema econômico perfeito, dificilmente vai existir em qualquer época um país com economia perfeita. A economia é um conjunto de vasos comunicantes em busca permanente de equilíbrio. Em toda economia sempre haverá algo por fazer, algo a retocar, algo a corrigir", afirmou.

Na última sexta-feira, o Banco Central reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira deste ano de 2,5% para 2,3%. Já a inflação fechou 2013 em 5,8%, patamar maior que o registrado no ano passado.

No pronunciamento, a presidente afirmou que é preciso "buscar soluções" em vez de "ampliar os problemas".

"Se alguns setores, seja porque motivo for, instilarem a desconfiança, especialmente desconfiança injustificada. Isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas", disse. De acordo com a presidente, o governo está disposto a ouvir empresários e trabalhadores "em tudo que for importante para o Brasil".

"O governo está atento e firme em seu compromisso de lutar contra a inflação e de manter o equilíbrio das contas públicas. Sabemos o que é preciso para isso e nada nos fará sair desse rumo, como também nada fará mudar nosso rumo em favor de mais distribuição de renda, diminuição da desigualdade e pelo fim da miséria e em defesa das minorias", afirmou.

Dilma pediu para o brasileiro ser otimista e disse que o País ficará "menor" se ficar preso a "interesses mesquinhos". "O Brasil será do tamanho que quisermos, do tamanho que imaginemos. Se imaginarmos um país justo e grande e lutarmos por isso, assim o teremos. Se mergulharmos em pessimismo e ficarmos presos a disputas e interesses mesquinhos, teremos um país menor". Dilma aposta num melhor padrão de vida em 2014. De acordo com ela, a vida no País está melhorando "pouco a pouco, mas sempre de maneira firme e segura".

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Dilma viaja nesta terça para o ES, onde as chuvas causaram 6 mortes

Presidente deve prestar auxílio às vítimas das chuvas, que desabrigaram mais de 40 mil pessoas

Portal Terra
 
A presidente Dilma Rousseff deve visitar nesta terça-feira (24/12) o Espírito Santo, onde as chuvas registradas desde a semana passada já provocaram a morte de seis pessoas e deixaram mais de 40 mil desabrigadas. A agenda completa da presidente em Vitória ainda não foi divulgada.
Conforme o último boletim divulgado nesta segunda pelo órgão, 5.307 pessoas estão desabrigadas e encontram-se em abrigos municipais e 34.843 desalojadas. Ao todo, 45 pessoas estão feridas. Nas últimas 24 horas, choveu 130 milímetros, o que provocou o desabamento de cinco casas na capital Vitória e a queda de barreiras nas cidades da Serra e Viana.
A chuva já provocou estragos em 45 municípios. Desses, 22 entraram com pedido de situação de emergência ou estado de calamidade pública. O governo do Espírito Santo decretou situação de emergência em todas as áreas afetadas por desastres decorrentes das últimas chuvas.
A Defesa Civil estadual alerta para o risco muito alto de inundação e deslizamento de terra na região serrana e a possibilidade de alagamentos nos municípios de Linhares e Colatina devido à alta do Rio Doce.

Tags: chuvas, desabrigados, dilma, ES, viagem
 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Balança comercial brasileira tem exportações de US$ 236,934 bilhões e importações de US$ 235,911 bilhões, com superávit de US$ 1,023 bilhão

Balança Comercial deverá fechar o ano positiva

Semana contou com exportação de plataforma para extração de petróleo e gás, de US$ 1 bilhão

Com cinco dias úteis, a terceira semana de dezembro teve exportações de US$ 6,518 bilhões e importações de US$ 5,510 bilhões, resultando num saldo comercial positivo de US$ 1,008 bilhão. No período, ocorreu a exportação de uma plataforma para a extração de petróleo e gás no valor de US$ 1,155 bilhão. No acumulado do ano, a balança comercial brasileira tem exportações de US$ 236,934 bilhões e importações de US$ 235,911 bilhões, com superávit de US$ 1,023 bilhão. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (23/12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na terceira semana de dezembro de 2013, houve aumento de 96,9% nas exportações de manufaturados em comparação ao acumulado até a segunda semana, com destaque para a venda de plataforma para extração de gás/petróleo, aviões, óleos combustíveis, motores e geradores, óxidos e hidróxidos de alumínio, suco de laranja não congelado e açúcar refinado. Os produtos básicos também registraram crescimento de 13,4% das exportações, por conta, principalmente, de minério de ferro, milho em grão, carne bovina e de frango, e algodão em bruto.
Nas importações, pela média diária, houve crescimento de 22,8% em relação ao acumulado até a segunda semana do mês (de US$ 897,6 milhões para US$ 1,102 bilhão), explicado, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, químicos orgânicos/inorgânicos e farmacêuticos.
As três primeiras semanas de dezembro, a balança comercial brasileira registrou exportações de US$ 15,602 bilhões (média diária de 1.040,1 bilhão) e importações de US$ 14,486 bilhões (média diária de US$ 965,7 milhões), com saldo positivo de US$ 1,116 bilhão.
Comparadas a média das exportações até a terceira semana de dezembro deste ano (US$ 1,040 bilhão) com a de dezembro de 2012 (US$ 987,4 milhões), houve crescimento de 5,3% nas exportações. O motivo foi as exportações dos produtos manufaturados (+30,1% de US$ 367,1 milhões para US$ 477,7 milhões, em razão da plataforma para extração de gás/petróleo, tratores, aviões, motores e geradores, automóveis de passageiros e suco de laranja não congelado).
Os básicos tiveram queda de 11,9%, por conta, principalmente, de algodão em bruto, petróleo em bruto, café em grão, carne de frango e suína, minério de cobre e milho em grão. Os semimanufaturados registraram diminuição de 2,8%, causada, principalmente, por ouro em forma semimanufaturada, borracha sintética/artificial, açúcar em bruto e semimanufaturados de ferro/aço. Nos manufaturados, houve crescimento de 8,8% (de US$ 439 milhões para US$ 477,7 milhões).
Em comparação com novembro deste ano, as exportações decresceram 0,3%, pela média diária, devido à retração de produtos básicos (-10,4%, de US$ 456,5 milhões para US$ 409 milhões), enquanto cresceram as exportações de manufaturados (+8,8% , de US$ 439 milhões para US$ 477,7 milhões), e semimanufaturados (+7,2%, de US$ 124,2 milhões para US$ 133,1 milhões).
As importações, no comparativo com a média de dezembro de 2012 (US$ 875,3 milhões), tiveram crescimento de 1,0% (US$ 956,1 milhões), com aumento de gastos, principalmente, com produtos farmacêuticos (+36,6%), aparelhos eletroeletrônicos (+24,4%), plásticos e obras (+24,0%), siderúrgicos (+23,2%) e equipamentos mecânicos (+17,6%).
Tags: ano, Balança, comercial

segunda-feira, 23 de setembro de 2013


RESUMO DAS NOTÍCIAS PUBLICADAS PELOS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS
 
23 de setembro de 2013

O Globo


Manchete: Contas públicas - Isenções elevam déficit da Previdência
Renúncias fiscais fazem rombo chegar a R$ 48 bi até agosto

Descompasso entre receitas e despesas cresce 14% e supera a meta do governo de R$ 46 bi para o ano

A decisão do governo de ampliar isenções fiscais para diversos setores e mudar a faixa de enquadramento das empresas ao Simples Nacional está provocando aumento no rombo das contas da Previdência Social. O déficit já acumula R$ 48 bilhões entre janeiro e agosto, e supera a previsão inicial de R$ 46 bilhões para o fechamento do ano. Também pressionam as contas as desonerações da folha de pagamento e os gastos com aposentadorias especiais. (Págs. 1 e 17)

Exército liberta maioria dos reféns no Quênia
Soldados quenianos conseguiram libertar a maioria dos reféns do shopping de luxo atacado por terroristas em Nairóbi, capital do país, mas não puderam impedir o massacre de mais de 60 pessoas. O cerco iniciado no sábado entrou pela madrugada de ontem. (Págs. 1 e 21)
Partido de Merkel tem maior vitória em 20 anos (Págs. 1 e 22)

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Dilma chega a Porto Alegre na véspera da inauguração da BR-448


Rodovia do Parque será inaugurada em solenidade às 10h desta sexta-feira.
Estrutura está montada na via, e operários podem participar da solenidade.

Do G1 RS

 
Dilma Rousseff desembarca em Porto Alegre (Foto: Mauro Vieira/Agência RBS)Dilma Rousseff chega a Porto Alegre para inauguração da Rodovia do Parque (Foto: Mauro Vieira/Agência RBS)
A presidente Dilma Rousseff chegou a Porto Alegre no final da tarde desta quinta-feira (19). Na manhã desta sexta (20), ela inaugura a BR-448, conhecida Rodovia do Parque, em construção há três anos. Uma solenidade marcada para as 10h reunirá além da presidente, representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura e do Ministério dos Transportes.
A nova estrada gaúcha foi elaborada com o intuito de desafogar o trânsito da BR-116 e ligará Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, a Porto Alegre. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Dilma não tem nenhum compromisso marcado no estado para depois do evento de inauguração, e deve retornar para Brasília no sábado. A estrutura está sendo montada na própria rodovia, e operários poderão participar da solenidade.
A presidente esteve no estado na última sexta-feira (13) para passar o final de semana e comemorar com a família seu aniversário de 66 anos, completados no sábado (14). Em novembro, ela foi a Rio Grande, na Região Sul, para inauguração da plataforma de petróleo P-58.

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Recursos para área social são investimentos e não custos, diz Dilma


A presidenta Dilma Rousseff participa da abertura da 9ª Conferência Nacional de Assistência Social, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff participa da abertura da 9ª Conferência Nacional de Assistência Social, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff considerou como positiva a valorização que se tem dado às políticas públicas de assistência social e disse que elas são a porta de entrada para o acesso dos cidadãos a outras políticas.
 
Ao voltar a falar da importância do desenvolvimento econômico de caminhar ao lado do desenvolvimento social, Dilma disse que os recursos para a assistência social permitiu a saída de milhões de pessoas da extrema pobreza no Brasil. "Para nós, recurso para a área social não é custo, é investimento que nós fazemos no nosso País naquilo que ele tem de mais valoroso, as pessoas".

Durante abertura da 9ª Conferência Nacional de Assistência Social, a presidente ressaltou que avanços como o Sistema Único de Assistência Social (Suas), os centros de Referência de Assistência Social e os centros de Referência Especializadas de Assistência Social garantem ao Estado brasileiro a condição "especial" de "chegar lá onde vive a nossa população e onde mais se precisa da assistência social".

Para Dilma, o Suas tem sido fundamental para a concretização dos maiores desafios do seu governo: a "construção de um Brasil sem miséria", acrescentando que o sistema único e o Programa Brasil sem Miséria têm fortalecido um ao outro.

Segundo a presidente, a assistência social vem se afirmando como uma das mais importantes políticas públicas do País. "Hoje o Brasil pode se orgulhar de uma política de assistência social, que é pública, conseguindo superar o velho estigma da ajuda e do favor. Os benefícios e os serviços são amparados por leis nacionais e passaram a ser vistos na condição legítima de direitos sociais", disse.

Dilma avaliou que, no passado, a assistência social ficava a cargo "exclusivo" de entidades filantrópicas, reconhecendo o papel dessas instituições para o atendimento a crianças em abrigos, a idosos em casas de acolhimento e à população em situação de rua. "Felizmente (essas entidades) estavam disponíveis. Nós temos a firme determinação de continuar trabalhando em parceria com todos aqueles que, generosos e solidários, se dedicaram aos mais vulneráveis", destacou.

A 9ª Conferência Nacional de Assistência Social começou hoje e vai até quarta-feira. O governo espera a participação de mais de 3 mil pessoas, entre delegados e convidados.

Sistema terá orçamento de R$ 68 bilhões em 2013
Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o Sistema Único de Assistência Social terá orçamento de R$ 68 bilhões em 2014. “Conseguimos avançar na construção de uma estrutura de serviços, de equipamentos e de uma gestão compartilhada entre União, Estados e municípios”, disse a ministra na abertura da conferência. Segundo Tereza, a meta agora é melhorar a qualidade dos serviços prestados, investindo na capacitação dos gestores.

Agência Brasil

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sábado, 14 de dezembro de 2013

Economia cresceu 0,77% em outubro, segundo o BC

Célia Froufe, com colaboração de Gabriela Lara | Agência Estado

Tags: economia PIB BC @estadaoconteudo 

  Depois da queda do Produto Interno Bruto (PIB) de julho a setembro, a economia brasileira começou o quarto trimestre do ano surpreendendo pela alta. De acordo com o indicador de atividade econômica divulgado ontem pelo Banco Central, e que procura antecipar o comportamento do PIB, a elevação de setembro para outubro foi de 0,77%, atingindo a marca de 147,12 pontos, a maior dos últimos seis meses.
O resultado superou a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo serviço AE Projeções, da Agência Estado, que apontava alta de 0,5%. A alta apurada de 0,77% também é a maior desde abril, quando subiu 1,38% - dado atualizado ontem.No ano, até outubro, a economia brasileira registrou crescimento de 2,81%, segundo o IBC-Br - dado que leva em conta a série sem ajustes sazonais. Por essa mesma forma de comparação, a expansão da atividade econômica nos últimos 12 meses está em 2,44%.O BC divulgou o resultado de outubro em relação ao mesmo mês de 2012: o avanço foi de 2,74%, para 150,52 pontos, também o maior nível do índice nesta série desde abril, quando estava em 153,09 pontos. Para calcular o IBC-Br, o Banco Central utiliza indicadores divulgados recentemente pelo IBGE, como a Pesquisa Industrial Mensal, que registrou aceleração de 0,60% em outubro em relação a setembro e de 0,90% em comparação ao mesmo mês do ano passado, e o levantamento sobre as vendas do varejo, que subiram 0,20% de um mês para o outro e 5,30% em relação a outubro de 2012. O economista-sênior do Banco Espírito Santo de Investimento (Besi), Flávio Serrano, lembrou que o dado melhor do que o esperado foi conhecido justamente numa sexta-feira, dia 13, vista por muitos como sinal de mau agouro. "Mas parece que as autoridades brasileiras vão celebrar sua sorte", escreveu. Apesar do resultado ter ficado acima da estimativa do banco, essa "felicidade" não perdurará, segundo ele.Dificilmente esse ritmo de expansão se manterá tão forte ao longo do último trimestre, segundo Serrano, porque a produção industrial deve ter caído 1% de outubro para novembro. Além disso, as vendas de veículos, que sustentaram o comércio em outubro, também revelaram forte desaceleração no mês passado. "Tal cenário aumenta a probabilidade de uma leitura negativa para o IBC-Br em novembro", considerou. "Assim, a expansão sustentável e duradoura da economia brasileira continua a ser mais uma esperança do que uma realidade." Melhora. Para a equipe de analistas da Rosenberg Consultores Associados, caso fique estável nos meses de novembro e dezembro, o IBC-Br terá uma alta de 0,8% no quarto trimestre em relação ao terceiro. Isso corroboraria a expectativa da casa de "certa melhora" no ritmo da atividade econômica.Os profissionais salientaram, no entanto, que a variação acumulada em 12 meses interrompeu uma trajetória de seguidas elevações, vista desde dezembro de 2012 - a taxa passou de 2,49% em setembro para 2,44% em outubro.Mesmo assim, o dado foi avaliado pela equipe da Rosenberg como positivo. Resta saber, segundo eles, se o otimismo continuará mesmo com as dúvidas em relação à reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, que o BC brasileiro deve tornar público na semana que vem ou na próxima. O documento trará as projeções atualizadas da autoridade monetária para 2013 e 2014. Para a equipe da Votorantim Corretora, o resultado do IBC-Br de outubro indica que o quarto trimestre deve apresentar uma recuperação moderada da economia. Esta á a avaliação do economista Carlos Lopes, da Votorantim. "Com base nos indicadores que tínhamos, tanto para a indústria como para o varejo, esperávamos um crescimento do PIB na casa de 0,5% no quarto trimestre, e o dado do IBC-Br confirma essa perspectiva", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.






 


 

     

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Fazenda autoriza injeção de R$ 24 bilhões no BNDES

Injeção de recursos já havia sido aprovada em Medida Provisória.
Nos últimos anos, o governo já emprestou mais de R$ 300 bi ao BNDES.

Do G1, em São Paulo
 

O Ministério da Fazenda anunciou nesta sexta-feira (6) que vai injetar R$ 24 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A autorização consta em despacho publicado no "Diário Oficial" da União.
A injeção de recursos no banco público já estava programada. O crédito foi autorizado em Medida Provisória publicada em 29 de novembro, assinada pela presidente Dilma Rousseff. 
Nos últimos anos, o governo já emprestou mais de R$ 300 bilhões ao BNDES, o que inflou a dívida pública em igual proporção. Interpelado nesta semana se novos valores serão emprestados sem 2014, o ministro Mantega avaliou, na ocasião, que essa discussão ainda é muito "prematura" e que deverá acontecer somente no segundo semestre do ano que vem.
De acordo com o governo, os recursos têm por objetivo permitir, entre outros, a continuidade do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI) no fim deste ano e em 2014 – que contempla crédito mais barato para as empresas realizarem investimentos. Atualmente, os juros do PSI são de 3,5% no caso de bens de capital, rural, peças e componentes e para 4% ao ano para ônibus e caminhões, além do Prócaminhoneiro. Para energia elétrica e para o Programa Emergencial de Reconstrução, a taxa de juro é de 5,5% ao ano.
Segundo o Ministério da Fazenda, os desembolsos do BNDES ao setor produtivo deverão recuar para R$ 150 bilhões no ano que vem, contra a expectativa de R$ 190 bilhões em 2013. "Isso não significa que a indústria ficará sem o suporte financeiro. O PSI vai continuar em 2014. Portanto, os empresários podem ficar tranquilos. Apenas o BNDES vai reduzir algumas linhas que não são prioritárias. Por exemplo, financiamentos a estados e municípios não vão ocorrer no próximo ano. Não haverá prejuízo para a indústria, que é prioritária para o governo", declarou Mantega no início desta semana.


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domingo, 1 de dezembro de 2013

Cisternas permitem captação de 6,8 bilhões de litros de água

    
Mais de 420 mil cisternas já foram entregues na região Nordeste desde o ano de 2011

por Globo Rural On-line
Raul Spinassé
O programa federal Água Para Todos, do Plano Brasil Sem Miséria, entregou 23,3 mil cisternas no Semiárido em outubro – média de 754 por dia. Com isso, já chega a 425 mil o total de unidades instaladas desde 2011 pelo governo na região, o que permite captar e armazenar 6,8 bilhões de litros de água da chuva para o consumo humano durante a estiagem.

A diretora de Fomento e Estruturação da Produção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Francisca Rocicleide da Silva, destaca o papel da água na qualidade de vida das famílias. “A política de cisternas vem contribuindo para modificar a área rural no Semiárido. A água é um instrumento importante porque ela é infraestrutura para qualquer relação de produção num espaço onde se tem pouca pluviometria, como é o caso daquela região.”

A meta do governo federal é entregar 750 mil cisternas até 2014. Do total de unidades entregues, mais de 317 mil são cisternas de placa, financiadas pelo MDS e por parceiros como a Fundação Banco do Brasil e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Cada reservatório construído com placas de cimento tem capacidade para 16 mil litros, suficientes para abastecer uma família de cinco pessoas por até oito meses e, assim, amenizar os efeitos da seca prolongada.

“Ao instituir o marco legal do programa Cisternas, há dois meses, o governo federal passa a reconhecer formalmente as cisternas como tecnologias sociais que permitem uma relação de convivência com o Semiárido brasileiro e com suas peculiaridades, sobretudo climáticas, de forma digna para as famílias que ali vivem”, afirma Francisca Rocicleide.

Além das cisternas para consumo humano, também fazer parte do Água para Todos as tecnologias de captação de água para a produção, conhecida como segunda água. Desde 2011, já foram entregues mais de 31,7 mil unidades. Em parceria com a Petrobras, a Fundação Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), neste ano, foram entregues mais de 19 mil cisternas de produção. O governo federal vai financiar a construção de 64 mil tecnologias até o fim de 2014.


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