Em evento do PCdoB
na noite de sexta-feira (29), na capital paulista, a presidenta Dilma
Roussef defendeu sua posição contrária às doações feitas por empresas a
candidatos e partidos políticos. "Considero que temos que introduzir na
Constituição o fim do financiamento empresarial de campanha. Temo que
isso esteja sendo postergado", disse a presidente. Dilma afirmou também que o governo está em um momento
difícil, de grande desafio. Ela lembrou que, desde a eclosão da crise
financeira de 2008, o governo federal adotou todas as medidas
anticíclicas possíveis, como fortalecer e ampliar políticas sociais e o
crédito, a fim de proteger
o consumo, o investimento das empresas, o emprego e a renda dos
trabalhadores. “Agora nós chegamos no limite de nossa capacidade
anticíclica”, destacou. Dilma Rousseff“Não
estamos fazendo mudança na estratégia, estamos alterando a tática”,
disse ao garantir a continuidade dos programas sociais e que não vai
sucatear a infraestrutura do país. Segundo a presidenta, não há como
adiar um ajuste fiscal. O país não pode continuar com o mesmo padrão e há necessidade de um reequilíbrio fiscal. Segundo Dilma, o objetivo
é encurtar ao máximo as restrições mais pesadas e dividir os
sacrifícios da forma mais justa possível, mas que a retomada do
crescimento exige esforços de todos. Ela ressaltou a importância da
reforma política e do fim do financiamento empresarial nas campanhas
eleitorais. Sobre a Operação Lava Jato, a presidenta
afirmou que o Brasil deve continuar a combater a corrupção e a
impunidade e que o governo tem atuado junto ao Ministério Público
federal, sem impor a presença de um “engavetador geral da República”. Dilma
também falou sobre o projeto que reduz a maioridade penal e destacou
que “há um conservadorismo muito perigoso da sociedade brasileira”.
Segundo a presidenta, a medida que propõe a redução da maioridade penal é
“gravíssima” e defendeu outro modelo: “Somos a favor de penalizar o
adulto que usa crianças como escudo legal”.
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