quarta-feira, 29 de julho de 2015

Em lançamento de plataforma virtual, ministros tentam reforçar agenda
 

Estadão Conteúdo    

Durante o lançamento da plataforma virtual Dialoga Brasil, que tenta aumentar a interlocução do governo com a sociedade, ministros prestaram contas e defenderam os programas do governo Dilma Rousseff. Quatro ministros foram escalados para falar: José Eduardo Cardozo (Justiça), Renato Janine (Educação), Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Arthur Chioro (Saúde). A ação faz parte da estratégia do Palácio do Planalto de criar uma agenda positiva para tentar afastar a gestão da petista da crise política e econômica.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que, para melhorar a segurança pública, é necessário integração. Ele lembrou que, na Copa do Mundo, o País foi elogiado pela segurança e prometeu, até o fim da gestão da presidente Dilma Rousseff, colocar em cada Estado um centro de comando integrado, semelhante ao que existiu no mundial de futebol do ano passado.

Cardozo ainda relatou que o Brasil criou o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), que aperfeiçoou as estatísticas de violência. O ministro também prometeu um pacto contra a violência que focará no combate aos homicídios nos 81 municípios que concentram a maior parte das mortes violentas. "Vamos fazer um plano baseado na causa do homicídio", disse.

Ele garantiu que, neste segundo semestre, será enviado ao Congresso uma mudança constitucional que permita uma maior participação da União na segurança pública estadual. Cardozo ainda relatou o desenvolvimento do trabalho de escritórios da Polícia Federal especializados no combate ao tráfico de drogas.

Já a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, saiu em defesa do Bolsa Família. "É uma política barata que garante alívio à pobreza das famílias", disse a ministra, ressaltando que 22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Aprendiz

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, por sua vez, usou a sua apresentação para comentar o início da implantação do Pronatec Jovem Aprendiz na Micro e Pequena Empresa. A partir deste ano, o governo federal pretende bancar 15 mil vagas para jovens de 14 a 18 anos em situação de vulnerabilidade social.

"Essa ação tem forte teor ético, porque pretende salvar jovens, numa fase em que eles poderiam tender ao crime. O Pronatec é um dos grandes programas, a maior iniciativa de educação técnica que já houve no Brasil", disse Ribeiro. "Com o Pronatec temos milhões e milhões de pessoas que já foram qualificadas e com isso se habilitam a melhorar de salário, de vida. É um jogo em que todos ganham."

Ao comentar o conteúdo da seção de educação do Dialoga Brasil, o ministro destacou dados referentes ao ensino médio, ao ensino superior e as regras para concessão de crédito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu o programa Mais Médicos e disse que outros países se inspiraram na experiência brasileira. "Inicialmente a proposta era de 13 mil médicos, terminamos ano passado com 14,3 mil atendendo prefeituras de todo o País", disse o ministro. Segundo ele, é a primeira vez que a população indígena, os povos das florestas e nas periferias do País podem contar com atendimento médico. Ele ainda exaltou o Samu e o atendimento emergencial pelo 192.

Chioro também relatou a experiência do Farmácia Popular e falou do lançamento do programa Mais especialidades. "Vamos construir o Mais Especialidades, garantindo exames, reabilitação, tudo junto, começando pelas áreas mais críticas, que são ortopedia, cardiologia e oftalmologia", afirmou.

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