segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Com os resultados das eleições, cada um terá tarefas difíceis pela frente

Em seu discurso após a vitória Dilma falou em união
Em seu discurso após a vitória Dilma falou em união
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Não se pode reduzir a vitória da presidente Dilma Rousseff ao percentual de diferença de sua votação com a do tucano Aécio Neves. Frios, os números não mostram uma realidade que o Sul maravilha insiste em ignorar: os últimos três governos olharam para os estados do Norte e Nordeste, que vivem atualmente um desenvolvimento extraordinário. Sem dúvida há muito o que ser feito ainda. Afinal, foram 500 anos de invisibilidade que não podem ser remediados em pouco mais de 11 anos. Mesmo assim, Dilma teve 71,5% dos votos dos estados nordestinos.
Mas Dilma foi além em seu discurso logo após o Tribunal Superior Eleitoral confirmar sua vitória. Ela acenou com o diálogo e falo com união. Na mesma linha o candidato derrotado pediu que a presidente reeleita una nossa Nação. Só precisamos esperar que não sejam apenas falas do calor de uma disputa que deixa fraturas que precisam ser resolvidas.
No entanto, Aécio não terá tempo para lamber suas feridas. Ao surgir como a grande liderança do PSDB, caberá a ele juntar os cacos do ninho tucano. Mas antes terá uma tarefa árdua: entender a derrota em seu estado, que governou por duas vezes e foi eleito senador. Além de não conseguir eleger seu candidato, Pimenta da Veiga, viu Dilma vencer no segundo turno no estado.
Depois terá a tarefa de liderar a oposição ao novo governo Dilma. Com mais quatro anos no Senado, ele poderá se preparar para 2018. Mas ainda é cedo para falar nisso.


domingo, 26 de outubro de 2014

Dilma prega diálogo em discurso após vitória no 2º turno

A presidente reeleita agradeceu a todos os brasileiros e disse que vai lutar por reforma política e combate à corrupção

Publicado em 26/10/2014, às 21h26

Do JC Online

 / Foto: AFP

Foto: AFP

Após a confirmação da vitória na eleição presidencial, Dilma Rousseff (PT) fez o discurso da vitória em um hotel em Brasília. Ao lado de Lula, do vice-presidente Michel Temer e de líderes de partidos aliados, ela fez um discurso que pregou o diálogo com todos os setores da sociedade e prometeu um segundo mandato melhor que o primeiro.
A presidente agradeceu a militância e "a todos, sem exceção, brasileiros e brasileiras". "Faço um agradecimento do fundo do coração ao militante número um da causa do povo e da nação, o presidente Lula", começou. "Minhas primeiras são um chamamento de paz e união".
A presidente reeleita falou que não acredita, sinceramente, que as eleições tenham dividido o Brasil. "Entendo que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento em comum, a busca por um futuro melhor para o país", declarou. 
Dilma afirmou que não quer ampliar as divergências, mas sim usar essa "energia mobilizadora" para construir pontes. Ela se disse, antes de tudo, predisposta ao diálogo. "Eu quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora, ainda melhor do que tenho me esforçado em ser", aponta. Dilma sinalizou que a prioridade do seu governo deve ser fazer um plebiscito por uma reforma política e ainda prometeu fortalecer as instâncias atuais de combate a corrupção. 
"O Brasil saiu melhor dessa disputa. Vamos continuar construindo uma Brasil melhor, mais moderno. Um país da solidariedade e das oportunidades", ainda ressaltou a presidente. Dilma concluiu seu discurso afirmando: "Viva o Brasil, viva o povo brasileiro!".

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Aprovação do governo Dilma é de 39%, o melhor patamar desde fevereiro



A aprovação do governo Dilma Rousseff oscilou dois pontos para cima e atingiu 39%. É a melhor taxa desde fevereiro, quando alcançou 41% (o pico deste ano), e o segundo melhor desempenho desde a grande queda de junho de 2013.
O patamar atual coincide com a taxa de intenções de voto em Dilma no primeiro turno, 40%, segundo a mesma pesquisa, valor alcançado após algumas semanas seguidas de oscilações positivas –Marina Silva (PSB) tem 25%, Aécio Neves (PSDB) tem 20%.
É razoável supor que a explicação para a tendência de melhoria do humor do eleitorado com o governo esteja na propaganda eleitoral, espaço usado pela candidata para exaltar realizações de seu mandato. Em julho, antes da propaganda, a aprovação estava em 32%.

Editoria de Arte/Folhapress
Os dados foram apurados pelo Datafolha, que na pesquisa mais recente, entre segunda (29) e terça (30), ouviu 7.520 eleitores em 311 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Em relação à semana passada, o total de eleitores que julga o governo como ruim ou péssimo oscilou de 22% para 23%. Os que enxergam a gestão como regular somavam 39%, agora são 37%.
Na série histórica, junho de 2013 ainda é o marco que mais chama a atenção. Do ponto de vista da aprovação à administração, o governo Dilma pode ser divido em antes e depois daquele mês de grandes protestos de rua.
Em março do ano passado, Dilma havia alcançado 65% de aprovação, seu recorde. Uma pesquisa feitas nos primeiros dias de junho a mostrava com 57% de bom e ótimo, um patamar ainda elevado. Em apenas 20 dias, essa taxa desmoronou para 30%. Desde então, nunca mais voltou ao padrão de antes.

Livraria da Folha