Com os resultados das eleições, cada um terá tarefas difíceis pela frente
Não se pode reduzir a vitória da presidente Dilma Rousseff ao percentual de diferença de sua votação com a do tucano Aécio Neves. Frios, os números não mostram uma realidade que o Sul maravilha insiste em ignorar: os últimos três governos olharam para os estados do Norte e Nordeste, que vivem atualmente um desenvolvimento extraordinário. Sem dúvida há muito o que ser feito ainda. Afinal, foram 500 anos de invisibilidade que não podem ser remediados em pouco mais de 11 anos. Mesmo assim, Dilma teve 71,5% dos votos dos estados nordestinos.Mas Dilma foi além em seu discurso logo após o Tribunal Superior Eleitoral confirmar sua vitória. Ela acenou com o diálogo e falo com união. Na mesma linha o candidato derrotado pediu que a presidente reeleita una nossa Nação. Só precisamos esperar que não sejam apenas falas do calor de uma disputa que deixa fraturas que precisam ser resolvidas.
No entanto, Aécio não terá tempo para lamber suas feridas. Ao surgir como a grande liderança do PSDB, caberá a ele juntar os cacos do ninho tucano. Mas antes terá uma tarefa árdua: entender a derrota em seu estado, que governou por duas vezes e foi eleito senador. Além de não conseguir eleger seu candidato, Pimenta da Veiga, viu Dilma vencer no segundo turno no estado.
Depois terá a tarefa de liderar a oposição ao novo governo Dilma. Com mais quatro anos no Senado, ele poderá se preparar para 2018. Mas ainda é cedo para falar nisso.
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