domingo, 30 de novembro de 2014

Brasil e mais 12 países são reconhecidos pela FAO por combate à fome

Agência Brasil
O Brasil e mais 12 países foram premiados hoje (30) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pelo progressos obtidos na luta contra a fome, entre eles a redução da proporção de subnutridos e do número absoluto de pessoas com fome. A premiação foi entregue na sede da entidade, em Roma.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu o prêmio em nome do Brasil.  Também tiveram reconhecidos pela FAO seus esforços no combate à fome: Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irã, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurício, México, Filipinas e Uruguai.
O diretor da organização, José Graziano, elogiou as iniciativas que levaram os 13 países aos progressos recentes no combate à fome, mas lembrou que ainda há muito a fazer para erradicar o problema globalmente.
“Vocês superaram grandes desafios em condições econômicas globais e ambientes políticos difíceis. Vocês demonstraram vontade e mobilizaram os meios”, disse Graziano aos representantes dos países vencedores. “Vocês confirmaram que acabar com a fome e a desnutrição no nosso tempo é um desafio, mas também mostraram que é viável”, acrescentou, de acordo com informações da FAO.
Segundo Graziano, apesar dos avanços, 805 milhões de pessoas no mundo ainda sofrem de desnutrição crônica. “É necessário melhorar a qualidade e eficiência dos sistemas alimentares, promover o desenvolvimento rural, aumentar a produtividade, aumentar a renda rural, melhorar o acesso aos alimentos e reforçar a proteção social”, listou.
Entre os esforços reconhecidos pela FAO estão o cumprimento antecipado do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 1, de reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome até 2015, e a meta proposta durante a Cúpula Mundial da Alimentação (CMA), em 1996, de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome também até 2015. O Brasil, Camarões e o Uruguai alcançaram as duas metas antecipadamente este ano.
Ao todo, segundo a FAO, 63 países em desenvolvimento atingiram a Meta 1 dos ODM, e mais seis devem alcançá-la em 2015. Dos 63, 25 também alcançaram a meta da CMA.
O Brasil, de acordo com a organização da ONU, avançou por colocar o combate à desnutrição no centro da agenda política, desde a implantação o Programa Fome Zero, em 2003, combinado com programas de apoio à agricultura familiar. A ligação entre proteção e apoio produtivo contribuiu para a geração de empregos e aumento real dos salários, levando à redução da fome e das desigualdades.
Tags: alimento, brasil, exemplo, Nações, Unidas

sexta-feira, 28 de novembro de 2014


Veja a repercussão do anúncio da nova equipe econômica

Planalto anunciou Levy como novo ministro da Fazenda.
Barbosa irá para o Planejamento e Tombini continua no BC.

Do G1, em São Paulo
O Palácio do Planalto anunciou nesta quinta-feira (27) os primeiros nomes de ministros da equipe do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff – Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini, que permanecerá como presidente do Banco Central, cargo com status de ministro.

Durante o período de transição, Levy e Barbosa usarão gabinetes no Palácio do Planalto. Eles já se reuniram com a presidente Dilma Rousseff e vão trabalhar na montagem de um plano de ajuste da economia.

Veja abaixo a repercussão do anúncio entre economistas e entidades:
Sidney Moura Nehme, especialista em câmbio e comércio exterior
“Os três nomes já estavam no radar, o anúncio não trouxe nenhuma novidade para o mercado. O fato que causou estranheza foi a ausência da presidente, esse é o assunto comentado no mercado. Ela deveria estar presente na hora do anúncio, como autora do anúncio, já que ela é a presidente. Já a equipe é vista favoravelmente, só que tem determinados mercados, como o de dólar, que eu entendo que estão confundindo confiança com credibilidade. A equipe é de confiança, mas a credibilidade do país só virá com resultados. O Levy e o Barbosa são bem referenciados, o Tombini é competente.”
Bráulio Borges, economista-chefe da LCA
"É uma sinalização bastante positiva. Não são nomes politicos, são técnicos de primeira linha. Será um técnico reconhecido na fazenda. Tem a questão ideológica, dele [Levy] ser mais mais ortodoxo. Mas, na prática, acho que ele vai ser pragmático. E o pragmatismo diz que hoje a ordem da vez é reequilibrar as contas fiscais do Brasil, cujo equilíbrio foi abandonado nos últimos 2 anos, o que  acabou gerando gerando toda essa onda de pessimismo, perda de credibilidade e até mesmo perda de confiança dos agentes econômicos. A nomeação da nova equipe econômica tende a gerar mais tranquilidade aos mercados e fazer com que o câmbio volte para perto de R$ 2,45, R$ 2,40. Agora a gente fica no aguardo das medidas."
Raphael Juan, gestor da BBT Asset
"Levy na Fazenda representa o enterro do que um dia se chamou de 'nova matriz econômica', representada por expansão fiscal, tentativa redução forçada de juros e câmbio desvalorizado de forma artificial o que levou o país a estagnação. Um país que gasta mais do que arrecada tem um futuro de curto prazo. O Ministro Levy tem uma personalidade forte, é um homem do mercado financeiro e conhecido pelos ajustes fiscais. Provavelmente ele exigirá uma autonomia que Mantega não teve. Entretanto, somente o tempo dirá será a personalidade forte da presidente e seu controle sobre a política econômica não irão interferir na nova gestão até o ponto que abale a relação dos dois. Se cada um desempenhar o seu papel acredito que ele ficará no cargo até final de 2016, quando então um novo Ministro pode assumir para preparar o terreno para a eleição de 2018, que será muito disputada. Acredito que cresceremos em 2015 entre 0,5% e 1% e em 2016 entre 0,5% e 1,5% para chegarmos em 2017 próximo de 2,5%. A taxa de juros ainda deve subir um pouco mais e bater na casa de 12,50%."
Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria
“É uma boa escolha. Neste momento, o principal desafio é o ajuste fiscal e neste sentido a escolha vai na direção correta. Mas a escolha deste nome vai depender do programa de governo que vai ser anunciado ao longo de 2015, que será o ano mais difícil dos últimos dez anos e também ao longo de todo o mandado. Porque o superávit primário vai ter dificuldades de ser elevado em 2015, vai ser necessário elevar imposto e contingenciar fortemente o orçamento. São medidas impopulares e que vão demandar do Levy um certo compromisso elevado com a manutenção dessas diretrizes. Acredito que o perfil do novo ministro está voltado para essas mudanças”.
Murilo Portugal, presidente-executivo da Febraban
“A presidente fez excelentes escolhas. Os três têm larga experiência na formulação e implementação de políticas macroeconômicas, sempre colocando o interesse público em primeiro lugar. Como secretário do Tesouro, Joaquim Levy executou com firmeza as políticas do ex-presidente Lula de ampliação do superávit primário e de redução e melhoria da composição da dívida pública. Os bons resultados destas políticas contribuíram para a retomada da confiança, a conquista pelo Brasil do grau de investimento, e a aceleração do crescimento econômico que se seguiu. Levy tem experiência e credibilidade internacional, adquiridas no exercício de funções em importantes organizações multilaterais como o FMI, o Banco Central Europeu e o BID, além de sólida formação acadêmica. (...) Estamos mais otimistas com o próximo ano, esperando que estas indicações contribuam para a retomada da confiança o que, como os mercados indicam, já começou a ocorrer.”
Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente executivo do Bradesco
"A presidente foi feliz ao anunciar a nova composição da equipe econômica, pois reafirma o compromisso deste governo com o desenvolvimento, a estabilidade e a gestão competente da política econômica. Promoveu continuidade com renovação, numa transição sem sobressaltos. Os nomes de Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini representam pilares de credibilidade, cada qual em sua área. Mas eles se complementam e dão unidade de ação a um governo que almeja o controle da inflação, a austeridade fiscal e a elaboração de um conjunto de reformas estruturais modernizadoras. Trata-se de um modelo criado dentro do conceito de valorização do trabalho em equipe, do diálogo e da troca de ideias, o que, sem dúvida, ancora nossas expectativas de fortalecimento da economia de mercado. O caminho escolhido pela presidenta Dilma Rousseff legitima, portanto, a percepção de um novo governo que está sintonizado ao resultado das urnas. Aos atributos técnicos deste triunvirato se acrescentam o histórico de bom entendimento das demandas sociais do Brasil."
Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil
“As escolhas de Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini, nomes de competência reconhecida para liderar a equipe econômica, reforçam nossa crença na capacidade da presidente Dilma Rousseff de conduzir o Brasil de volta a um caminho de crescimento sustentável, realizando os ajustes necessários com firmeza e equilíbrio.”

Emerson Marçal, professor da escola de economia da FGV-SP
"São bons nomes e eles têm toda a capacidade e enfrentar os desafios que a aeconomia brasileira precisa. O ajuste das contas publicas e também das contas externas, que começam a preocupar, talvez sejam os dois grandes desafios para permitir trazer a inflação para um nível um pouco mais baixo e retomar o crescimento. De imedidato, o mercado tende a dar uma tranquilizada, a volatilidade do dólar deve diminuir, mas o que certamente deve vir é, sim, algum tipo de ajuste nas contas públicas. E para reequilibrar as contas ou se aumenta impostos ou se corta gastos. Ou as duas coisas. Então eles terão que decidir e justificar para a sociedade."

Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
"Desejamos aos novos ministros êxito no trabalho. Queremos continuar trabalhando em colaboração com o governo para, juntos, construirmos uma agenda para o Brasil aumentar a competitividade, alcançar o crescimento vigoroso e sustentado, com uma sociedade que tenha mais igualdade de oportunidades."
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
"A indústria espera que Joaquim Levy (Ministério da Fazenda) e Nelson Barbosa (Ministério do Planejamento), assim como Alexandre Tombini, que permanece na presidência do Banco Central, conduzam a economia com responsabilidade, visão de futuro e estímulo aos que querem produzir, trabalhar e fazer o País crescer. São pessoas sérias, preparadas e esperamos que consigam alcançar o melhor resultado".
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
"A FIRJAN recebe com renovado otimismo as escolhas de Joaquim Levy e Nelson Barbosa para os Ministérios da Fazenda e do Planejamento. A indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda é uma prova auspiciosa e inequívoca de compromisso do segundo governo Dilma Rousseff com uma política econômica focada na estabilidade. A atuação firme e competente de Levy como secretário de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro deixou um legado para a administração das contas públicas no estado. O mesmo já se verificara ao desempenhar o cargo de secretário do Tesouro Nacional no governo Lula. Fica claro que o novo governo não irá transigir, a partir de agora, no combate à inflação, na condução de uma política fiscal responsável e na preservação da credibilidade internacional do país. O anúncio do nome de Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento é coerente com o perfil técnico e de qualificação que, ao que tudo indica, norteará a configuração da área técnica do novo governo."
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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Gilberto Carvalho diz que Levy vai aderir à filosofia econômica do governo

quinta-feira, 27 de novembro de 2014 12:22 BRST
 
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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que o ingresso de Joaquim Levy na equipe econômica significa que ele está aderindo ao projeto de economia do governo e não que um programa pessoal dele esteja sendo aceito pelo Executivo.
Carvalho é o primeiro ministro do governo a falar abertamente do ingresso de Joaquim Levy na equipe econômica. Até agora, outras fontes do governo preferiam falar sob condição de anonimato sobre o tema.
Levy deve ser anunciado como novo ministro da Fazenda nesta quinta, quando também deve ser divulgado que Nelson Barbosa será o novo ministro do Planejamento. Deve ser anunciada ainda a manutenção de Alexandre Tombini no comando do Banco Central.
"Sinceramente só vejo com bons olhos a nomeação do Levy", disse Carvalho a jornalistas ao chegar ao seminário Agenda Futura da Participação Social, em Brasília.
"E é evidente que, ao aceitar ser ministro desse projeto, ele está aderindo a esse projeto e à filosofia econômica desse projeto. O nome dele é importante porque pela trajetória dele, ele traz uma credibilidade, ele contribui com o nosso projeto", acrescentou o ministro.
Apesar de serem anunciados nesta quinta como novos ministros, Levy e Barbosa não tomarão posse imediatamente. Eles devem fazer uma transição com a atual equipe econômica e, provavelmente, tomar posse em janeiro junto com os demais ministros, segundo disse à Reuters uma fonte do governo.
Carvalho afirmou ainda que Levy não chega ao governo com um programa que será seguido. A política econômica, segundo o ministro, continuará sendo ditada pela presidente Dilma Rousseff.
"É a coisa mais natural do mundo que se faça a discussão das medidas sempre a partir da presidenta. Não vamos esquecer disso: o ministro não é o presidente. Um ministro não toma decisões autônomas", afirmou.
"Quem dá a cor do projeto é a presidenta e ela deixou claro na campanha e nos últimos quatro anos qual o nosso projeto, que é a continuidade desse projeto, que é o crescimento com inclusão social, a distribuição de renda", acrescentou.
"O Joaquim não tem um programa pessoal... não há nenhuma submissão da presidenta Dilma a nenhum ministro."
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Levy assume Fazenda com missão de desmontar política anticíclica, diz fonte

Tendência, de acordo com essa fonte, é que novo ministro reverta as desonerações tributárias na tentativa de gerar mais receitas

Reuters
O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy
O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy
Foto: Divulgação
BRASÍLIA - Joaquim Levy vai ser anunciado na quinta-feira ministro da Fazenda com a missão de desmontar gradualmente a política anticíclica feita nos últimos anos, revertendo as desonerações tributárias, disse à Reuters uma fonte do governo que acompanha a montagem da nova equipe econômica.
"Não tem como o governo manter a política anticíclica", disse nesta quarta-feira a fonte, sob condição de anonimato. "Levy vai assumir o cargo de ministro da Fazenda para rever as contas, reverter desonerações, gerar mais receita e criar ambiente para a melhora do investimento privado."
O desmonte dessa política, iniciada para estimular a atividade econômica, será feito de forma gradual. Mas novas medidas, acrescentou a fonte, não serão divulgadas nesta quinta-feira, quando o Palácio do Planalto divulgará os nomes dos futuros ministros da Fazenda e do Planejamento.
O ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa ficará com a pasta do Planejamento e Alexandre Tombini continuará à frente do Banco Central.
As desonerações tributárias, nos primeiros dez meses do ano, somaram quase 85 bilhões de reais, e são uma das principais responsáveis pelo mau desempenho fiscal do governo. Entre elas, estão a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos, que termina neste ano, e a das folhas de pagamento de diversos setores, que continua.
As medidas em estudo também envolvem mudança no seguro-desemprego e abono salarial, além de contenção de gasto da máquina pública.
Também está em análise o aumento da alíquota da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis, zerada desde 2012. De acordo com a fonte, além de gerar receita anual superior a 10 bilhões de reais, o tributo vai melhorar a competitividade do etanol no mercado brasileiro.
Esse conjunto de medidas está em fase final de elaboração e será anunciado nos próximos dias.
Superávit primário em 2015
A fonte informou ainda que a presidente Dilma pediu a Levy que prepare uma nova meta ajustada de superávit primário para 2015, mais compatível com a realidade de baixa poupança.
A meta cheia da economia feita para pagamento de juros do próximo ano é de 147,3 bilhões de reais, equivalente a 2,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas o governo havia dito que perseguiria 2 por cento do PIB.
A definição da nova meta de 2015 será, conforme a fonte, feita sem alteração das condições prevista no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentos (LDO) de 2015, que ainda não foi aprovada no Congresso Nacional.
"Vai ter que ser uma meta que o governo consiga alcançar e ao mesmo tempo que assegure o 'investment grade' pelas agências de risco", acrescentou.
Outros ministros
Dilma anunciará também na quinta-feira o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para a pasta da Agricultura.
Além disso será anunciada a transferência do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, para a Secretaria-Geral da Presidência da República, no lugar de Gilberto Carvalho.
Segundo informou a fonte, o Palácio do Planalto trabalha para dar posse aos novos indicados na próxima segunda-feira.
A atual ministra do Planejamento, Miriam Belchior, está cotada para o Ministério de Minas e Energia, mas ainda sem confirmação.
(Por Luciana Otoni)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dilma diz que não tem pressa para fazer reforma ministerial

Por Agência Brasil | - Atualizada às


Segundo a presidente, não há um prazo para que as mudanças comecem. Dilma também comentou decisão da ministra Marta

Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12) que não fará imediatamente a reforma ministerial para montar a equipe de seu segundo mandato. Segundo ela, não há um prazo para que as mudanças comecem. Dilma também comentou a decisão da ministra Marta Suplicy de entregar a carta de demissão quando a presidenta deixou o Brasil em viagem oficial. Ela disse que conversou com Marta antes de viajar e conhecia o teor da carta.
“Não estabeleci prazo e não vou fazer a reforma [ministerial] imediatamente, vou fazê-la por partes”, disse a presidenta a jornalistas em Doha, no Catar.

Agência Brasil
Marta Suplicy, ministra da Cultura


Na avaliação da presidenta, Marta Suplicy não teve qualquer atitude incorreta na forma comoentregou a carta de demissão. “Ela me disse o teor da carta antes de eu viajar, mas logo depois que fui reeleita a ministra falou comigo que sairia. Ela não fez nada de diferente, não teve nenhuma atitude incorreta, ela me disse que sairia e eu aceitei. Acertamos que ela me enviaria uma carta, a estrutura de praxe”, disse.
Sobre o trecho onde Marta diz que os brasileiros desejam que a presidenta seja iluminada na escolha de sua equipe de trabalho e que a equipe econômica possa resgatar a confiança e credibilidade ao seu governo, Dilma se limitou a dizer que “essa é uma opinião dela e as pessoas têm direito a dar opinião”.
Perguntada por jornalistas se há preocupação em relação à investigação sobre a Petrobras nos Estados Unidos, a presidenta respondeu que não. “Não. Isso faz parte das regras do jogo. Empresas cotadas na bolsa de Nova Iorque tem de prestar contas segundo as regras da bolsa de Nova Iorque, que também não são muito diferentes das brasileiras. Além disso, os Estados Unidos têm de investigar se tem cidadãos americanos envolvidos em alguma irregularidade”, avaliou.
No Catar, Dilma se reuniu com o Emir do país, Xeque Tamim bin Hamad Al Thani, e com a Xeica Mozah Bint Nasser. Ela relatou que um dos temas discutidos com o Emir foi a crise no Oriente Médio. Com a Xeica, tratou de educação e destacou as conversas sobre cooperação para o programa Ciência sem Fronteiras.
Do Catar, a presidenta Dilma segue para a Austrália onde participará, nos dias 15 e 16, da reunião do G20 – grupo que reúne os líderes das 20 maiores economias do mundo. “O G20 é sobre como se prossegue na reforma do Fundo Monetário e como se traduz o desejo do G20 de um desenvolvimento sustentável e equânime, como isso se traduz em medidas concretas. Acho que o emprego vai ser um foco muito forte”, disse.
 
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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Petistas históricos pressionam Dilma a manter o rumo à esquerda

11/11/2014 14:06
Por Redação - de Brasília

Marta Suplicy
Marta Suplicy deixa o governo com fortes críticas à equipe econômica do ministro Guido Mantega

Apenas duas semanas depois que as urnas consagraram à atual presidenta da República, Dilma Rousseff, um novo mandato de quatro anos, as disputas internas em seu governo começam a ganhar um contorno mais definido. Petista fiel e líder de parte da militância do partido, ainda que não possa se expressar com liberdade – posto cumprir pena em regime domiciliar –, o ex-ministro José Dirceu traçou em seu blog, nesta terça-feira, uma de suas raras críticas à condução da política econômica. “A semana não começa bem e o que temos não nos parece nada bom”, disparou Dirceu.
“Esse anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo prepara cortes de gastos e redução de subsídios como parte dos ajustes na política econômica para segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff decididamente não prenuncia boa coisa”, acrescentou. Em recente entrevista, Mantega revelou que o governo pretende cortar subsídios dos programas sociais.
– Precisamos realizar consolidação fiscal, sem estímulos fiscais para a economia. Temos de caminhar para uma alta gradual do (superávit) primário ante 2014 – disse.
Segundo o ministro, o superávit primário, economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública, deverá fechar 2015 entre 2% e 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Mantega acrescentou, sem dar mais detalhes, que no próximo ano o governo pretende reduzir os subsídios financeiros nos empréstimos do BNDES e promover, também, reduções nos pagamentos de auxílio-doença, que hoje chegam a R$ 70 bi por ano, e na pensão por morte, que chega a R$ 90 bi.
O fim dos subsídios – política anticíclica – deve ocorrer por dois motivos, de acordo com o ministro: o primeiro é que o nível de atividade mundial vai se recuperar e isso vai ser positivo para a expansão do país; o segundo – o que implica, também, num reconhecimento feito pelo ministro – é que as contas públicas precisam de ajustes, focados na redução de despesas. “Isso dá recessão”, avisa Dirceu.
“Corte gastos com aumento de juros – como o decretado pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) recentemente – é receita certa para recessão e crise social. Tampouco é boa a perspectiva de que a presidenta Dilma vete alguns itens do projeto de renegociação da dívida de Estados e municípios com a União, aprovado semana passada”, seguiu.
Ainda segundo o ex-ministro, “vetar o que foi aprovado pelo Congresso Nacional nessa negociação da dívida pode ser um tiro no pé dado as tradicionais relações ruins, em muitos momentos, do governo com o Legislativo e os partidos da base. Há receio de que o governo vete, principalmente, o item do projeto que possibilita retroatividade na renegociação das dívidas”.
“Toda essa dívida não passa de papel sem nenhum valor e devia ser renegociada nas melhores condições possíveis, no limite para permitir aos Estados e municípios investir na infra estrutura e nas cidades – na educação, na juventude, na mobilidade urbana e na logística viária, no saneamento, em cultura e lazer. E cuidar, também, das exportações e da redução das importações. Tudo para investir ainda mais para o país crescer, arrecadar mais e melhorar as contas públicas”, alerta.
Dirceu propõe que haja uma “redução drástica e já dos juros, liberando quase R$ 100 bi dos R$ 200 bi hoje destinados a pagar os juros altíssimos – únicos em todo mundo – que pagamos pelo serviço de nossa dívida interna. Aí, sim, dá para se discutir um aumento do superávit e equilíbrio progressivo das contas públicas e externas do país”.
Tempo quente
Não é apenas o petista histórico que se rebela contra a aproximação do governo Dilma aos preceitos da direita. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o jornalista Leandro Mazzini escreveu em sua coluna, no Correio do Brasil, e a presidenta Dilma “estão rompidos”.
“Uma pequena mostra foi a breve aparição do ex-presidente no palanque da vitória no domingo da eleição. Depois, ele se foi e Dilma discursou sozinha. A razão da pendenga é a que todos pensam: ele capitaliza as duas vitórias dela e quer opinar mais; e Dilma quer independência – pelo menos no segundo governo. Dilma soltou um: ‘Desta vez será do meu jeito’, para ministros palacianos. Há poucos dias, ela e Lula tiveram uma conversa numa tentativa de afinação”, diz a nota do colunista.
Nesta manhã, foi a vez da ministra da Cultura, Marta Suplicy, deixar sua carta de demissão na Casa Civil. O gesto atende a uma sugestão do ministro chefe da pasta, Aloizio Mercadante. Ele teria dito aos demais ministros que peçam demissão até o dia 18, quando Dilma retorna do encontro do G20, na Austrália. A medida visa deixar a presidenta mais à vontade para efetuar as mudanças na equipe do próximo governo.
Na carta, a ex-prefeita de São Paulo não se faz de rogada e culpa a área econômica do governo Dilma pelas “inúmeras demandas e carências orçamentárias” da pasta que ocupou e diz que focou seu trabalho “em valores que nos são precisos”. A petista saiu atirando ao fazer críticas à política econômica, desejando que a presidente “seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo”.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Leia os principais trechos da entrevista concedida por Dilma nesta quinta


A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (6) que o governo vai "ter de fazer o dever de casa" e apertar o controle da inflação, mas seguiu enigmática sobre como fará para recolocar o Brasil em rota de crescimento.
Ela negou veementemente que pratique "estelionato eleitoral", como diz a oposição, ao defender agora ajustes para recuperar a economia.
"Vamos ter de fazer nosso dever de casa aqui. Apertar o controle da inflação. Vamos ter limites dados pela nossa restrição fiscal para fazer toda uma política anticíclica que poderia ser necessária agora. Mas vamos ter limites", disse Dilma, usando o jargão para momentos de crise em que o governo investe para reanimar a economia.
Dilma recebeu oito jornalistas de veículos impressos no Palácio do Planalto. Mais descontraída, ela usou poucas vezes o tradicional "meu querido", cacoete que denota a impaciência da petista.
*
Inflação
"Nós temos problema interno com a inflação." Dilma prometeu combater a alta de preços, mas se recusou a falar sobre a alta de juros promovida pelo Banco Central semana passada. Apenas adiantou que "não pretende mexer nos intervalos de tolerância da meta de inflação", nem tampouco no seu centro, atualmente de 4,5%.
"As pressões estão começando a ficar mais diluídas, uma vez que os preços internacionais estão cadentes", disse, acrescentando que tudo indica que a seca diminuirá no Nordeste e no Sudeste.
Ajuste
"Temos que fazer ajustes em várias coisas, não é só cortar gastos", afirmou Dilma, recusando-se a dar mais detalhes. "Várias contas que podem ser reduzidas", e que ela promete "olhar com lupa". Em seguida, criticou a defesa de austeridade do PSDB. "Essa visão de corte de gastos é similar àquela ideia maluca de choque de gestão. Eu não vendo o que não consigo entregar."
Corte de ministérios
"Outra lorota", disse Dilma. Segundo ela, uma redução no número de pastas não traria economia real e ainda afetaria áreas envolvidas no plano de concessões, como portos e aeroportos. "Não tiro o ministério da Micro e Pequena Empresa nem que a vaca tussa". Já a "Pesca não saiu do chão ainda. Ela vai decolar".
Gastos
A presidente não quis especificar quais contas reduzirá, mas apontou como opção mexer nas regras de pensão por morte, tornando-as mais rígidas, e nas regras do seguro desemprego, hoje "um grande patrocinador de fraudes". Sobre abono salarial, não quis sinalizar o que poderia fazer. Depois, brincou: "Eu vou levar em consideração a sugestão da imprensa".
Estelionato
Ela negou que o reconhecimento da necessidade de um ajuste para retomar o crescimento da economia configure estelionato eleitoral, como acusa a oposição. "Onde é que está o tarifaço? Ele já aconteceu! Essa história de que nós represamos [tarifas] é lorota. Ao longo do ano inteiro houve pagamento pelo uso de [usinas] térmicas. O governo suavizou um pouco para não ser aquele impacto."
Ela não inclui na sua conta o financiamento tomado pelas empresas de energia, que deverá impactar na conta do ano que vem.
Crescimento
"Esse é o grande desafio nosso, e eu não acho que tem uma receita prontinha que nós devemos segui-la à risca para crescer", disse. Mas prometeu "não desempregar". "A minha esperança é que o Brasil terá uma recuperação. Enquanto isso, espero que o mundo também tenha."
Estados Unidos
"Os pragmáticos cresceram. Quem são os pragmáticos? Os Estados Unidos são o pragmático dos pragmáticos. 'Não salvem empresas privadas [fala como numa terceira pessoa]!' Eles vão lá e salvam a indústria automobilística. 'Não coloque esta quantidade de moedas na economia'. Eles vão lá e colocam. 'Não salvem bancos!'. Eles vão lá e salvam."
Ministro da Fazenda
Dilma afirmou que ainda não fez nenhum convite para o ministério. Questionada sobre a possibilidade de nomear Luiz Trabuco, executivo do Bradesco cogitado para a Fazenda, ela contou: "Eu conversei com ele uma vez [desde a eleição], eu não minto, ele me disse simplesmente que me cumprimentava e, como sempre, ao longo de todo o processo, que estava disponível para ajudar no que fosse necessário, não significando isso que ele estava se oferecendo para nada. Ele estava sendo gentil, da mesma forma que o Abílio Diniz e outros tantos". Ela prometeu anunciar sua nova equipe econômica ao retornar do G20, sem definir data exata, mas antes do resto do novo ministério.
Crise mundial
"Os emergentes têm ainda espaço para voltar a crescer", afirmou, sem deixar de avaliar que um quadro mais permanente de queda no preço das commodities internacionais afetará "feio a América Latina", que pode "sofrer" com redução de demanda.
Questionada se o ano de 2015 verá um "tsunami" ou uma "marolinha", para usar o termo de Lula, disse: "Não bota isso na minha boca porque isso foi de um outro momento, de início da crise".
'É típico" do PT'
Dilma foi questionada pela Folha sobre a beligerante resolução petista quando falava sobre suas promessas de diálogo com a oposição. "Eu não represento o PT. Represento a Presidência. A opinião do PT é a opinião do partido, não me influencia. Represento o país, não sou presidente do PT, sou presidente dos brasileiros."
A resolução, aprovada pela Executiva Nacional do partido na segunda-feira (3), associou Aécio a "forças neoliberais" com nostalgia da ditadura militar, ao racismo e ao machismo. Para a presidente, é uma queixa partidária.
Bolivarianismo
Questionada sobre críticos que acusam seu governo de bolivarianismo, uma referência a políticas de esquerda populistas na América Latina, Dilma fez elogios a um artigo publicado pela Folha comparando Brasil e Venezuela ("Venezuelização?", do correspondente em Caracas, Samy Adghirni, publicada em 4/11).
"Só faltei beijar ele [o autor], porque ele mostra que é uma vergonha tratar os dois países como iguais. É uma excrescência, porque não tem similaridade", disse Dilma.
"Querido, essa história de bolivarianismo está eivada de camadas de preconceitos contra o meu governo", afirmou, usando o tratamento que dá quando quer ser assertiva. "O mais estarrecedor é que cheguei à conclusão de que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, integrado pelo PIB brasileiro, é bolivariano", brincou, ao comentar uma das justificativas usadas pelo Congresso Nacional para rejeitar seu polêmico decreto sobre conselhos populares.
Elite deselegante
"O povo não é bobo, o povo é muito esperto. Como são gentis, como são elegantes. É uma pequena elite que é deselegante, que xinga e que maltrata. O povo não faz isso", disse, comentando a campanha eleitoral. "Na campanha você se arrepende do que não falou."
Petrobras
Dilma voltou a dizer que as investigações da Operação Lava Jato criam uma "oportunidade" para coibir a impunidade no país. Repetiu o discurso de campanha, de que não quer engavetar investigações, ainda que o atual procurador-geral da República tenha feito isso em 82 ocasiões envolvendo políticos desde 2013.
Sobre o presidente afastado da subsidiária Transpetro, citado no caso, disse não saber se Sérgio Machado volta ao cargo. "Eu não acho nada."
Eduardo Cunha
Dilma foi perguntada sobre o desafeto Eduardo Cunha, o líder do PMDB que é favorito para ser presidente da Câmara no ano que vem. O partido é seu maior aliado. Dilma parou, fechou o semblante e, com sorriso irônico, disse: "Estamos convivendo há muito tempo com ele", encerrando o assunto e provocando risos.
PEC da Bengala
Sobre a chamada PEC da Bengala, que voltou a ser articulada entre setores do Supremo Tribunal Federal e Congresso para permitir a aposentadoria de juízes aos 75 anos (e não 70, como hoje), Dilma disse ser "muito ruim". A PEC pode tirar do PT a prerrogativa de chegar a 2018 com a indicação de 10 dos 11 ministros da corte.
Dívidas dos Estados
Em relação à renegociação do indexador das dívidas dos Estados, aprovada ontem pelo Senado e que irá para sua sanção, Dilma sinalizou que poderá exercer o poder de veto. "É complicado", disse, se houver retroatividade comprovada da medida. "Tudo para trás estoura a bolsa da viúva", disse. Mas ressalvou que "ainda estamos estudando"

domingo, 2 de novembro de 2014

Dilma aposta em uma nova fórmula para ponte com PT

FOLHA

Dilma Rousseff vai apostar em uma nova fórmula para se aproximar do PT em seu segundo mandato. A presidente elegeu ao menos quatro nomes que contam com sua confiança e dispõem de força em setores importantes do partido para administrar a negociação de bandeiras históricas da esquerda que serão alçadas pela sigla ao centro do governo federal.
Integrantes da cúpula petista, porém, garantem que a relação do partido com o Palácio do Planalto será tensa nos próximos quatro anos.
Isso porque o PT precisa se reaproximar dos movimentos sociais e cobrará de Dilma medidas que, nos últimos anos, esbarraram na resistência do governo, como a desapropriação de terras para a reforma agrária, a regulação da mídia e a reforma política.
Segundo a Folha apurou, Dilma reconhece que sua reeleição passou pela capacidade de mobilização do PT e que, por isso, deve fazer algumas concessões à legenda.
De sua campanha, saíram fortalecidos para essa interlocução os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), além do governador da Bahia Jaques Wagner, que elegeu sucessor no Estado.
A presidente, por sua vez, nunca teve base própria dentro do PT. Filiou-se em 2000 e não fez parte de nenhuma instância deliberativa. Em seu primeiro mandato, contava com remanescentes do governo Lula, como o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para ter entrada mínima no partido.
A estratégia funcionou pouco e o ministro, com declarações muitas vezes consideradas "desastrosas" por integrantes do governo, saiu enfraquecido da campanha.
Foi então que Dilma resolveu mudar o método e montar sua própria equipe para fazer o contraponto às reivindicações partidárias.
Ainda antes do primeiro turno, o ex-presidente Lula admitiu a aliados que sua sucessora teria que fazer um segundo mandato de mais diálogo com o PT, e que o partido deveria se reaproximar dos ideais de esquerda –que fizeram parte de sua fundação, na década de 1980, mas foram deixados de lado no governo Dilma Rousseff.
ACENOS
A presidente entendeu que terá de acomodar tanto os acenos que pretende fazer ao mercado para melhorar a expectativa econômica como as concessões ao PT que virão ecoadas pela voz de Lula.
A reformulação do petismo é a aposta do ex-presidente para sua campanha em 2018 –Lula já afirmou a interlocutores que deve concorrer à Presidência mais uma vez.
Essa renovação, dizem aliados do ex-presidente, será o contraponto ao "PT da máquina eleitoral", que saiu das eleições desgastado pela pecha da corrupção e marcado por derrotas principalmente no Sul e Sudeste.
Apesar de ter mantido 13 cadeiras no Senado em relação ao pleito de 2010, o PT perdeu uma das vagas de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com a derrota de Eduardo Suplicy.
Na Câmara, baixou de 90 para 70 deputados federais, mas manteve um total de cinco governadores.
GOVERNABILIDADE
Aliados dizem que Lula saiu da eleição de 2014 fortalecido e que não buscará conflito com a sucessora. O ex-presidente quer capitanear a ideia de "novo PT" mas sabe que o sucesso de Dilma –e sua boa relação com o "velho PT"– serão peças fundamentais para construir sua governabilidade a partir de 2018.
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OS DESTAQUES DO PT

As estrelas em ascensão no partido e os derrotados na eleição deste ano
  • Fernando Pimentel Eleito governador de Minas, impôs uma derrota histórica aos tucanos no reduto de Aécio | Foto: Joel Silva - 6.out.2014/Folhapress
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  • Jaques Wagner Após dois mandatos na Bahia conseguiu eleger Rui Costa, seu sucessor no governo estadual | Raul Spinassé - 12.out.2014/Folhapress
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  • Aloizio Mercadante O ministro da Casa Civil é um dos mais leais escudeiros da presidente Dilma Rousseff | Joel Rodrigues - 11.jun.2014/Folhapress
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  • Alexandre Padilha Aposta de Lula para o governo de SP, o ex-ministro da Saúde amargou o 3º lugar na disputa | Adriano Vizoni - 5.out.2014/Folhapress
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  • Gleisi Hoffmann Deixou a Casa Civil para tentar o governo do Paraná, mas não chegou ao 2º turno | Sérgio Lima - 16.abr.2014/Folhapress
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  • Lindbergh Farias Aposta do PT no Rio, ficou em 4º lugar e aumentou o desgas-te na relação com o PMDB | Sergio Lima - 21.mar.12/Folhapress