Visita da presidenta deve ter viés econômico e político; acordo
que reduz a zero as taxas de importação colombianas sobre os produtos
brasileiros está na pauta
A presidenta Dilma Rousseff visita nesta quinta-feira, dia 8, a Colômbia, onde encontra seu homólogo Juan Manuel Santos. A viagem acontece em meio ao agravamento da crise econômica brasileira e a mandatária procura amenizar a situação com a aproximação comercial com Bogotá.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), Dilma tentará acelerar a assinatura de um acordo que reduzirá a zero as taxas de importação colombianas sobre os produtos brasileiros. Desta forma, o tratado, que deveria ser assinado em 2018, pode ser firmado já no próximo ano.
Além disso, serão debatidos o setor automotivo, facilitação de investimentos, compras governamentais, serviços, cooperação agrária, cooperação em educação e em ciência e tecnologia.
O coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) da Unesp, Luis Fernando Ayerbe, explicou, em entrevista à ANSA, que a Colômbia é atualmente a quarta economia da América Latina e que, de acordo com projeções, deve se tornar a terceira nos próximos anos, ultrapassando a Argentina.
“O Brasil tem superávit comercial nas relações com a Colômbia e explorar uma maior penetração é fundamental”, disse. As exportações brasileiras para a Colômbia chegaram a US$ 138,4 bilhões entre janeiro e agosto de 2015, enquanto as vendas colombianas para o Brasil somaram US$ 129,3 bilhões no mesmo período.
O Itamaraty, por sua vez, acredita que o comércio e os investimentos entre Brasil e Colômbia têm crescido bastante nos últimos anos, mas ainda estão aquém do seu potencial.
Em paralelo à agenda oficial, ainda acontece o Fórum Empresarial Brasil-Colômbia.
Política
Além do âmbito econômico, a visita certamente também terá um viés político, apesar do tema não estar na agenda oficial. “As motivações [da viagem] são mais comerciais, mas existe o componente político, não somente as negociações de paz com as Farc, que o Brasil apoia, mas também o tema da Venezuela”.
No começo de setembro, o chanceler Mauro Vieira viajou para Bogotá na companhia de seu homólogo argentino, Héctor Timerman, para se encontrar com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín.
Na ocasião, eles tentaram “contribuir para a solução dos problemas humanitários e econômicos na fronteira entre aqueles países”, tentando promover o diálogo entre Colômbia e Venezuela, informou o MRE, em nota. “Colômbia e Venezuela são parceiras como Brasil e Argentina”, destaca Ayerbe.
As nações dividem 2.219 quilômetros de fronteira, considerada uma das mais ativas da América Latina. Desde a década de 1980, com o aumento do tráfico de drogas e combustíveis, os problemas diplomáticos se tornaram frequentes. Especialmente, entre os anos de 2002 e 2010, durante os governos de Álvaro Uribe, na Colômbia, e Hugo Chávez, na Venezuela, a situação voltou a ser caótica.
A atual crise, que teve o ápice com o fechamento da fronteira, ocorre desde o final de agosto.
A presidenta Dilma Rousseff visita nesta quinta-feira, dia 8, a Colômbia, onde encontra seu homólogo Juan Manuel Santos. A viagem acontece em meio ao agravamento da crise econômica brasileira e a mandatária procura amenizar a situação com a aproximação comercial com Bogotá.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), Dilma tentará acelerar a assinatura de um acordo que reduzirá a zero as taxas de importação colombianas sobre os produtos brasileiros. Desta forma, o tratado, que deveria ser assinado em 2018, pode ser firmado já no próximo ano.
Além disso, serão debatidos o setor automotivo, facilitação de investimentos, compras governamentais, serviços, cooperação agrária, cooperação em educação e em ciência e tecnologia.
O coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) da Unesp, Luis Fernando Ayerbe, explicou, em entrevista à ANSA, que a Colômbia é atualmente a quarta economia da América Latina e que, de acordo com projeções, deve se tornar a terceira nos próximos anos, ultrapassando a Argentina.
“O Brasil tem superávit comercial nas relações com a Colômbia e explorar uma maior penetração é fundamental”, disse. As exportações brasileiras para a Colômbia chegaram a US$ 138,4 bilhões entre janeiro e agosto de 2015, enquanto as vendas colombianas para o Brasil somaram US$ 129,3 bilhões no mesmo período.
O Itamaraty, por sua vez, acredita que o comércio e os investimentos entre Brasil e Colômbia têm crescido bastante nos últimos anos, mas ainda estão aquém do seu potencial.
Em paralelo à agenda oficial, ainda acontece o Fórum Empresarial Brasil-Colômbia.
Política
Além do âmbito econômico, a visita certamente também terá um viés político, apesar do tema não estar na agenda oficial. “As motivações [da viagem] são mais comerciais, mas existe o componente político, não somente as negociações de paz com as Farc, que o Brasil apoia, mas também o tema da Venezuela”.
No começo de setembro, o chanceler Mauro Vieira viajou para Bogotá na companhia de seu homólogo argentino, Héctor Timerman, para se encontrar com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín.
Na ocasião, eles tentaram “contribuir para a solução dos problemas humanitários e econômicos na fronteira entre aqueles países”, tentando promover o diálogo entre Colômbia e Venezuela, informou o MRE, em nota. “Colômbia e Venezuela são parceiras como Brasil e Argentina”, destaca Ayerbe.
As nações dividem 2.219 quilômetros de fronteira, considerada uma das mais ativas da América Latina. Desde a década de 1980, com o aumento do tráfico de drogas e combustíveis, os problemas diplomáticos se tornaram frequentes. Especialmente, entre os anos de 2002 e 2010, durante os governos de Álvaro Uribe, na Colômbia, e Hugo Chávez, na Venezuela, a situação voltou a ser caótica.
A atual crise, que teve o ápice com o fechamento da fronteira, ocorre desde o final de agosto.
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